terça-feira, 12 de abril de 2011

o Vai e Vem no estacionamento


Vou contar uma historinha engraçada que se resume na cara do moço do estacionamento :
              Todos os dias por volta das 19 horas o peugeot chega na faculdade e vai ao estacionamento. Um dia chega um jovem magro, uma morena grandona e uma loira, e já ao fim da noite nem todos os passageiros retornam, o moço estranha e franzi a sombrancela . Outro dia só chega o jovem mas às 22h30 vão embora os três, e o moço sorri.
              Mais estranho ainda é quando só chega o jovem e a loira, e essa sai com o carro as 19 horas e  já 15 minutos depois retorna a morena com peugeot, o moço respira fundo.
              Há vezes que só chegam dois e vão embora os 3, o moço balança a cabeça como quem não entende... e por aí vai dia após dia, durante o ano todo.
              Não sabe ele quem é dono do carro, quem é marido ou esposa de quem, se moram todos juntos para trocarem tão rápido no intervalo... E assim é como cada um que passa por ali; cada família  tem sua rotina e diariamente ele deve ter várias histórias com as quais ele se diverte e muitas vezes nem entende.
              Nosso ponto de encontro é a casa de meus pais, algumas quadras da faculdade, ali tomamos café para ir à aula. Quando os 3 tem as primeiras aulas vamos todos juntos (Maridão, Eu e a 'ermã'). Às vezes alguém sai mais cedo e liga para o pai buscar. Outras eu só tenho as 2 primeiras aulas, então fico na casa de meus pais e vou só no intervalo com meu pai, ou o marido sai me buscar e volta. Ainda tem os dias em que a 'ermã' só tem as duas primeiras aulas, então vão os dois e eu fico esperando quando ela volta com o carro na hora do intervalo e aí sim eu vou para faculdade, indo embora só eu e o marido.
             Confusão rs ... se eu cuidasse de um estacionamento certamente eu escreveria um livro com o dia a dia dos estudantes que me chamassem atenção, com as expressões, as brigas de casais no carro, com aqueles que ficam 15 minutos e voltam nervosos para seus carros, com aqueles que chegam felizes e vão embora exaustos, com as caras e bocas de muitos, com a imagem de cabeças que parecem florescer números e letras ao fim da noite como balõezinhos de história em quadrinhos. Sem sombra de dúvidas teria muita coisa para rir, analisar, e contar, bastava observar.
       Para encerrar: PARABÉNS para os 3 que dividem o carro e diminuem o tumultuo de veículos (que não é pouco) em torno da faculdade (e no trânsito de Curitiba, que está muito próximo do caos)

Um comentário:

  1. Se eu fosse a "moça do estacionamento" já teria escrito o livro, com certeza! Ou ia bancar o investigador ou iria deixar a imaginação solta como Amelie Poulain! Adoro observar as pessoas e tentar imaginar a história de cada uma!
    Mais um texto ótimo amiga!
    E o mais legal é que você escreve sobre todos os assuntos, passando pelos sentimentos, pelo estacionamento ou pela infância!
    Bjocasss

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