sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nem tão velha infância assim...

      Hoje na hora do almoço, estávamos lembrando como era bom ser criança, e participar de todas as brincadeiras que irradiavam nossos dias.
     Lavar o carro era uma festa, nos molhávamos mais do que o próprio veículo, isso quando não fazíamos tanto sabão que dava para escorregar na calçada e aí juntava todas as crianças da vizinhança Só acabava a alegria quando a Dona Júlia dedava nossa bagunça para Dona Reni no fim do dia, mas faz parte.
    Outros momentos divertidos eram no fundo do quintal pulando corda, pulando tábua e na rua jogando béts.. Dando peixinho no vôlei , imagina se a rua era de paralelepípedo, haja joelhos rs, e o time que perdia pagava paçoca para o vencedor (mas como só o Marcinho trabalhava só ele pagava, e para os 2 times rs) 
    As brincadeiras de bárbie rendiam a tarde toda montando a casinha, e quando ela estava perfeita , com nossos carros (escorredor de louças) na garagem, já era hora de arrumar a bagunça e nem dava tempo para brincar.
    As férias de Julho eram ainda mais engraçadas, vinham todos os primos e os emprestados também: Dani, Duda, Daia, Ricardo, Carol, Cris, Paula, Janice, Wagner... e por aí vai. Antes mesmo de acordarmos a Xerife Duda já abria as cortinas mandando todos dar bom dia para mãe natureza, a gente ficava muito feliz, não fazem idéia de quanto. Depois ela dividia as tarefas: um lavava a louça, outro limpava o banheiro, outro arrumava as camas... e ela? Ficava mandando, ela adorava rs. A tarde na hora do lanche, uma risada resultava em nescau para todos os lados da copa.
    Quando não tinha visita, a Daia ia para a escola a tarde, a Dani ficava com a Carla no telefone a tarde toda e a Duda no muro com a preta, só quando faltavam minutos para a mãe chegar é que iam as duas correndo arrumar a cozinha.
     Eu e a Daia disputávamos quem pintava o desenho mais bonito, ela sempre ganhava, é um dom nato dela rs (quem quiser dar um lápis de cor faber castell aquarelado 48 cores ela aceita rs)
    Nos fim de semanas que a turma convencia o Norberto a fazer várias viagem de carro e levar todos para o sítio da Tia Tere, não sei como aguentavam. Era noites de história de terror á luz de velas, concurso de teatro, e gravamos até uma rádio: Hayna hayna FM.
      Lá cada um tinha seu quarto na árvore (de manga) que era aquele galho especial. O meu, é claro, era o que tinha mais embaixo e eu nunca visitava o quarto do outro (morria de medo de subir mais).
       Um belo dia resolvemos fazer uma expedição para descobrir novos horizontes, e nos atracamos pelo meio das árvores e pelo riozinho que passava dentro do sítio. Resultado: cortes, chinelos perdidos, cansaço e riso. Quando decidimos voltar pela estrada pois já estávamos exaustos, percebemos que não tínhamos andado mais que mil metros da casa.
       Foram tantas bagunças, tantas risadas em nossa infância, a gente pode dizer que fomos muito felizes. Agora já estamos as 3 casadas, feliz ainda tá? rs mas dá saudade, muita muita...
        E pensar que as crianças de hoje não aproveitam como deveria (não generalizando, mas a maioria), são cada vez mais espertas e inteligentes, mas vivem grudadas em um computador ou video game e não sabem o verdadeiro gosto de brincar como criança, é uma pena.


Um comentário:

  1. Dani...
    Já falei e volto a repetir, adoro a maneira como escreve, o modo que descreve cada cena, pois dá para visualizá-las em minha imaginação!
    Quanta saudade da infância no interior né!
    Mas que bom que tivemos uma infância tão boa, daquela que quando é lembrada vem um sorriso bobo no rosto!
    É isso que faz a vida valer a pena!
    bjosssss

    ResponderExcluir